Apoio de Biden a Israel pode fazê-lo perder eleições nos EUA; entenda

Atualizado em 28 de fevereiro de 2024 às 16:54
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Foto: reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está enfrentando uma pressão crescente em relação ao seu apoio a Israel, e essa questão pode ter sérias consequências em Michigan, um estado-chave para as eleições estadunidenses, e em todo o país, levando-o a perder o pleito contra o candidato republicano que tende a ser o ex-presidente Donald Trump.

Layla Elabed, uma destacada ativista palestino-americana em Dearborn, Michigan, expressou sua frustração com as políticas de Biden em relação ao Oriente Médio, destacando a necessidade de uma reformulação na abordagem dos Estados Unidos em relação a Israel.

Elabed lidera a campanha “Listen to Michigan”, que visa protestar contra a maneira como Biden está lidando com o conflito em Gaza. Ela argumenta que o apoio contínuo dos EUA a Israel é intolerável e está mobilizando eleitores para votarem “indecisos” nas primárias democratas como forma de enviar uma mensagem de descontentamento.

Joe Biden e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Foto: reprodução

O Michigan é um estado que pode ser decisivo para eleger um presidente, com uma significativa população árabe-americana que está profundamente decepcionada com o apoio de Biden ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os eleitores árabes-americanos esperam uma mudança na abordagem dos EUA em relação a Israel e estão dispostos a votar de acordo com suas convicções.

A campanha “Listen to Michigan” já está ganhando força, contando com o apoio de líderes políticos locais e organizações progressistas. A margem de votos “indecisos” pode ser determinar o futuro dos EUA, especialmente considerando a estreita vitória de Biden no estado em 2020.

Embora o democrata tenha tomado algumas medidas recentes, como impor sanções aos colonos na Cisjordânia, muitos ativistas argumentam que essas ações não são suficientes para conter o sofrimento em Gaza. A pressão sobre Biden para uma mudança de curso continua aumentando.

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