Um dia após o debate promovido pelo Flow para a Prefeitura de São Paulo terminar com o marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, ensanguentado após ser agredido, adversários do influenciador Pablo Marçal (PRTB) solicitaram medidas de segurança para conter o ex-coach.
Entre as medidas estão a exclusão de Marçal dos próximos debates, reforço na segurança e ação da Justiça.
Na noite de segunda-feira (23), o assessor de Marçal, Nahuel Medina, foi levado à delegacia após dar um soco em Lima. Antes da agressão, o candidato do PRTB foi expulso do debate após infringir as regras do encontro.
Em nota, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) sugeriu que as emissoras avaliem a necessidade de convidar candidato “que não debate propostas para a cidade”. “É necessário avaliar os motivos que levam a convidar um candidato que não debate propostas para a cidade, participa com a intenção de tumultuar e cujos requisitos legais não tornam a sua participação obrigatória”, disse a candidata à Prefeitura de São Paulo.
“A confusão que ele causa é um método que só o favorece e que impede a população de ver uma discussão sobre os problemas reais da cidade”, acrescentou.
Atualmente, o convite para debates transmitidos por rádio e TV é obrigatório apenas para candidatos de partidos com, no mínimo, cinco deputados federais até o dia 20 de julho do ano eleitoral. O PRTB não tem representação na Câmara.
Nunes afirmou na manhã desta terça-feira (24) que a agressão poderia ter sido fatal e cobrou segurança nos próximos debates. “Só peço aqui que a gente tenha consciência do risco que está sendo colocar esse tipo de gente no meio de pessoas civilizadas, eles não têm limites”, destacou o prefeito.
“Colocar pessoas desse nível no meio das outras pessoas, eu praticamente não me sinto confortável”, completou.
Para o apresentador José Luiz Datena (PSDB), Marçal precisa ser parado. “Ele [Marçal] agride o tempo todo e deturpa o debate. Ele está sendo chamado de psicopata, mas é um mau caráter, sujeito de péssima qualidade e que precisa ser parado pela lei”, afirmou.
Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, classificou a agressão como “inaceitável” e condenou as provocações de Nunes. “Reprovo também a conduta de candidatos, e aí inclui o Ricardo Nunes, que trabalha com provocação e com mentira. Fora das câmeras, xingando, atacando, provocando”, disse Boulos.
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