No dia de sua leitura na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” chegou a um milhão de assinaturas.
O documento foi inspirado na “Carta aos Brasileiros” lida na mesma Faculdade em 1977: na época, o Brasil vivia a ditadura e a fala do jurista Goffredo da Silva Telles denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Corajosa, a manifestação pedia o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
A sociedade civil em 2022 movimentou-se em torno deste documento, que alcançou a marca histórica de um milhão de signatários.
A atual carta alcançou a adesão de nomes bastantes representativos da sociedade civil, não apenas do campo do direito, em que 12 ex-ministros do STF participaram, mas também entre os presidenciáveis: apenas três não participaram, entre eles, Jair Bolsonaro e ex-presidentes, como Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso. No campo da cultura também aderiram: nomes como Chico Buarque, Fernanda Montenegro, Gal Costa, Maria Bethânia e Luiz Fernando Veríssimo, entre outros.
Entidades representativas do PIB também marcaram presença: Febraban, FIESP, entre outras, subscrevem o documento, bem como a CUT, a Força Sindical, a UNE e outras organizações representantes da sociedade civil.
O presidente Jair Bolsonaro vem ironizando a Carta e seus signatários, em clara manifestação de incômodo com a mobilização causada pelo documento.
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