Após fim do Fundo Amazônia, MP cobra US$ 2 bilhões de Bolsonaro e Salles

Atualizado em 30 de junho de 2022 às 18:53
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (30), foi movida uma ação pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) que cobra até US$ 2 bilhões do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Ricardo Salles pelo fim do Fundo Amazônia.

Foi pedido pelo subprocurador-geral do MP, Lucas Rocha Furtado, ao TCU, para apurar se a conduta “intransigente, temerária e ideologizada” de Bolsonaro e Salles resultou “a ocorrência de prejuízos ao Brasil, sobretudo às políticas públicas de preservação ambiental, havidos na perda de contribuições financeiras para o Fundo Amazônia, bem assim na paralisação da aplicação dos respectivos recursos”.

Caso a dupla seja responsabilizada, o MP requer que cada um pague US$ 1 bilhão em multas e mais US$ 1 bilhão em débitos. Na cotação atual, tanto Bolsonaro quanto Salles teriam que pagar aproximadamente R$ 10,4 bilhões.

Além disso, também foi pedido pelo MP que o TCU avalie se a conduta de Bolsonaro e Salles, “especialmente com relação às políticas públicas de preservação ambiental, pode ter contribuído para o infeliz desaparecimento e posteriores confirmações de mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira”.

Contudo, o MP pontua que o fundo teve fim após o governo não conseguir alterar o destino dos recursos disponibilizados pelos países europeus, já que era abastecido pelos governos da Alemanha e da Noruega com o intuito de incentivar políticas de proteção ambiental.

No mais, se irregularidades forem confirmadas, o MP junto ao TCU pede para o Ministério Público Federal ser acionado para investigar Bolsonaro e Salles na esfera penal.

Publicado originalmente no site Rede Brasil Atual

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