Após incêndios, União Brasil trabalha para afastar Bivar de sua presidência

Atualizado em 13 de março de 2024 às 18:43
Deputado federal Luciano Bivar. Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (13) membros do União Brasil se reuniram na sede nacional da agremiação para deliberar sobre o futuro do deputado federal Luciano Bivar na presidência do partido. Com uma votação expressiva, o processo que poderia resultar na expulsão e cancelamento da filiação de Bivar avançou, com 17 votos favoráveis, nenhum contrário e 15 abstenções.

Seguindo o que determina o estatuto do grupo político, Bivar terá 72 horas para responder à representação antes que uma decisão cautelar seja proferida pelo partido. Após isso, a executiva do partido votará sobre a concordância com o pedido, dando a Bivar mais cinco dias para se defender. A decisão final será tomada em até 60 dias.

O ponto principal da representação contra Bivar inclui as ameaças de morte dirigidas ao presidente eleito do União, Antonio de Rueda, e à sua família, além de indícios de motivação política criminosa nos incêndios que atingiram as residências de Rueda e de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira do União Brasil.

O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 membros do partido, entre eles ACM Neto, e os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Wilson Lima (Amazonas), além dos ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo).

Bancada de membros do União Brasil. Foto: Divulgação

Desde o início do ano, Rueda e Bivar têm travado uma disputa pela presidência do partido, intensificada pelos recentes incêndios que atingiram as propriedades de Rueda e sua irmã. Na terça-feira (12), a bancada do partido na Câmara se reuniu para discutir uma resposta às declarações de Bivar, que se recusa a deixar o cargo.

O líder da bancada na Câmara, Elmar Nascimento, enfatizou que Bivar não representa mais o partido, refutando suas declarações e alegações como não representativas da legenda.

O União Brasil tem sido marcado por conflitos internos desde o início do ano, quando Bivar tentou manter sua liderança, apesar de um suposto acordo para que Rueda assumisse o cargo. Após uma disputa interna, Rueda foi eleito presidente nacional do partido, com ACM Neto como 1º vice-presidente e o senador Davi Alcolumbre como secretário-geral.

Rueda, por sua vez, apresentou uma representação criminal contra Bivar, alegando ameaça, com base em um vídeo que sugere uma conversa ameaçadora entre os dois. Além disso, a bancada do União Brasil no Congresso Nacional solicitou a intervenção da PF nas investigações do incêndio nas residências de Rueda, buscando celeridade e transparência durante o processo.

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