Na quinta-feira, 16, o DCM contou a história de Myriam Alckmin, sobrinha do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, que ocupou cargos de livre nomeação na Câmara dos Deputados.
Apurei que Myriam Alckmin, durante o horário de expediente da Câmara, aparecia em salões de beleza de Pindamonhangaba (SP) pintando o cabelo e fazendo as unhas, para ficar num único exemplo.
Não havia ilegalidade em prestar serviços longe de Brasília, já que o Ato da Mesa nº 72 da Câmara, de 1997, que regula as nomeações de cada deputado, determina que o “exercício da função deve ser em Brasília ou no Estado de representação do parlamentar” – e Myriam foi alocada em uma cidade do estado de origem dos quatro deputados a quem serviu no período de 21 meses entre 2015 e 2017.
No sábado, 18, Myriam escreveu em sua página no Facebook que a notícia do DCM é “fake”. Infelizmente não é.
“Incorreta e inverídica a notícia divulgada pelo Diário sobre minhas atividades profissionais. Com efeito, desde o ano de 2005, exerço funções em cargos públicos e jamais recebi um centavo de quem quer que seja sem trabalhar”, disse.
O DCM informou que Myriam é uma conhecida liderança de ‘Pinda’, tendo exercido o cargo de vice-prefeita e candidata a deputada estadual pelo PPS.
“Como administradora de empresas e pós-graduada em capacitação gerencial, exerci dois mandatos eletivos, de vereadora (2005/2008) e vice-prefeita (2009/2012) pelo PPS. Fui candidata a deputada estadual e obtive mais de 28 mil votos. Fiz dobradinha com o deputado federal Roberto Freire na região do Vale do Paraíba em 2010. Assessorei o deputado Roberto Freire (2015/2016) na região do Vale do Paraíba e desempenhei minha função com dignidade”, afirma.
“Há que se ressaltar, ademais e a propósito, que nesse período não tinha horário de entrada nem de saída, ficando à disposição do deputado a semana toda, em qualquer horário, inclusive aos sábados, aos domingos e em feriados”.
O DCM lembra que a própria Myriam admite, em seu esclarecimento, que prestou serviços em cargos de livre nomeação na Câmara, “ficando à disposição a semana toda, em qualquer horário, inclusive aos sábados, aos domingos e em feriados”.
O caso veio à tona por dois motivos: porque Bolsonaro estava tendo de dar explicações sobre o “caso Wal” e também pelo fato de Myriam informar, em sua página no Facebook, que sua ocupação profissional era a de Secretária Parlamentar na Câmara dos Deputados.
Após a matéria, ela substituiu os dados, informando que desde 2017 ocupa a função de coordenadora administrativa no CONSAVAP (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Vale do Paraíba).