Após substituir o comando do Exército, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possivelmente terá mais atritos com as Forças Armadas nos próximos meses.
De acordo com informações do jornal O Globo, aliados do petista defendem que mais mudanças em postos de destaque da Força aconteçam. Além disso, a promoção de generais para o Alto Comando do Exército também irá acontecer. O dia 31 de março, data de aniversário do golpe militar de 1964, também gera tensão no novo governo.
Três oficiais do Exército que geram desconfianças a Lula são: o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, atual chefe do Comando Militar do Planalto (CMP); o tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP); e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Em fevereiro, o Alto Comando do Exército define os coronéis que ascenderão a generais de brigada. Diante disso, serão escolhidos os de brigada que passarão a generais de divisão e os que subirão ao posto máximo. Há apenas duas vagas no topo da carreira.
No entanto, já que o novo governo não tem prerrogativa de interferir na escolha, oficiais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão ser promovidos. O mesmo processo deverá acontecer na Aeronáutica e na Marinha.
Vale destacar também que no dia 31 de março, durante todo o governo do ex-capitão, o ministro da Defesa expedia uma ordem do dia em louvor ao golpe militar, que era lida nos quartéis. Ainda segundo o jornal O Globo, não se sabe qual será a posição de Lula em relação ao evento, mas manifestações favoráveis à ditadura não serão toleradas no Planalto.