Em almoço com empresários promovido pelo Grupo Esfera, em São Paulo, nesta terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não tentará dar um golpe de Estado após as eleições.
A declaração acontece horas após a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra oito empresários que defenderam um golpe, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença o pleito deste ano.
Foram alvos da ação o dono das lojas Havan, Luciano Hang, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Os bolsonaristas tinham um grupo no WhatsApp em que faziam ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário do presidente. Também apareciam discursos de homofobia, preconceito contra quem trabalha com pessoas em situação de rua e ódio a jornalistas e a veículos de imprensa.
O almoço de Bolsonaro com empresários
O encontro foi realizado na casa do empresário João Camargo, fundador do Grupo Esfera, no bairro do Morumbi. Estavam presentes os ministros da Economia, Paulo Guedes, das Comunicações, Fábio Faria, da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, foi um dos empresários que participaram do almoço, além de André Esteves, presidente do BTG Pactual, Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco, Flávio Rocha, da Riachuelo, Michael Klein, acionista da Via, varejista controladora da Casas Bahia, Fábio Ermírio de Moraes, do conselho de administração do Grupo Votorantim e Benjamin Steinbruch, controlador da CSN.