Líder do Comando Vermelho nas ruas, Wilton Carlos Rabello Quintanilha, conhecido como Abelha, orientou seus companheiros via WhatsApp para que começassem uma caçada a grupo rivais nas favelas do Rio de Janeiro. Esse comunicado aconteceu logo após o CV ter feito uma aliança com a maior milícia do estado.
As informações são da reportagem do UOL, que obtiveram com exclusivamente prints da conversas do aplicativo de mensagens com ordens de Abelha.
Nas conversas, o chefão do Comando Vermelho recebe imagens de uma abordagem que criminosos fazem de jovens pertencentes a um grupo rival.
“Morto 01 do Fubá [em referência ao líder de grupo rival que atuava na favela em Cascadura, subúrbio do Rio]”, diz o subordinado. “Meu mn [menor, gíria usada no meio do crime para se referir a um criminoso de escalão inferior] representa nós”, responde Abelha, que elogia a ação.
Em outro momento, o mesmo criminoso envia a Abelha um vídeo mostrando outra ação.
“Chacrinha pai”, diz, citando a ação na favela na Praça Seca, zona oeste, que já foi cenário de confrontos entre facções rivais nos últimos anos. Ele recebe elogios: “Vc é foda”.
No restante da troca de conversas, Wilton Carlos Rabello Quintanilha informa que vai pagar o montante de mil reais pelos serviços prestados contra grupos rivais.
“Deixei mil lá pra vc e vou deixar mil para ele”, escreve, sem revelar o nome do comparsa citado.
Minutos mais tarde, o criminoso revela que tem passagem por outras comunidades onde pode emboscar outros grupos rivais.
“Aqui eu conheço a maioria das áreas. Então onde o senhor fala [sic] pra eu entrar eu vou entrar”, contou. “Vou conversar com o Doca aqui e te chamo”, responde Abelha. Doca é apelido de Edgar Alves de Andrade, que é da cúpula do Comando Vermelho nas ruas.