A Comissão de Anistia, em sessão conjunta com as comissões de Legislação Participativa e de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, está analisando o caso da publicitária Clarice Herzog nesta quarta-feira (3).
O objetivo da análise é conceder anistia a ela, reconhecendo a perseguição que enfrentou durante o regime militar no Brasil, especialmente em sua busca por esclarecimentos sobre o assassinato de seu marido, o jornalista Vladimir Herzog.
Vladimir Herzog, conhecido como “Vlado”, foi uma vítima emblemática do regime militar, tendo sua morte inicialmente registrada como suicídio, mas posteriormente reconhecida como resultado de tortura. Desde então, Clarice tem sido voz ativa na denúncia das violações de direitos humanos cometidas durante o período do regime militar brasileiro.
Herzog, jornalista brasileiro, desempenhou papel significativo na defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos – ele foi editor-chefe do telejornal “Hora da Notícia” da TV Cultura, em São Paulo.
O julgamento em questão é um marco importante para a Comissão de Anistia, pois é a segunda vez que concede reparação a vítimas do regime militar, após a recente reparação coletiva aos povos indígenas Krenak e Guarani-Kaiowá.
Essa nova possibilidade de reparação coletiva foi implementada após a retomada da comissão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), evidenciando um esforço para reconhecer e reparar as injustiças do passado.
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