A Polícia Rodoviária Federal (PRF) mudou sua posição neste sábado (28) e afirmou que viu com “indignação” as imagens que mostram a abordagem de quatro policiais rodoviários federais que resultou no assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos.
O coordenador geral de Comunicação Institucional da PRF, Marcos Territo, disse em um vídeo publicado nas redes sociais que “assistimos com indignação os (sic) fatos ocorridos na cidade de Umbauba, em Sergipe, em que uma ação envolvendo policiais rodoviários federais resultou na morte do senhor Genivaldo de Jesus Santos”. “Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes expressas em cursos e manuais da nossa instituição”, acrescenta.
Esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos na cidade de Umbaúba/SE. pic.twitter.com/ibCjKzb04W
— PRF Brasil (@PRFBrasil) May 29, 2022
A PRF informou ainda que haverá uma avaliação interna dos padrões de abordagem e que estão “estudando os nossos procedimentos de formação, de aperfeiçoamento e operacionais para ajustar o que for necessário”.
Procedimento para apurar conduta dos policiais foi instaurado
Em uma nota divulgada pela PF na última quarta (25) anunciou a instauração de um procedimento para apurar a conduta dos agentes envolvidos no caso, mas que eles haviam “empregado técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção”. A PRF disse ainda que a vítima resistiu “ativamente” à abordagem.
Genivaldo, que era um homem negro, foi asfixiado até a morte depois de ser trancado no porta malas de uma viatura da PRF, onde foram colocados spray de pimenta e bombas de gás. Antes de morrer, ele foi ainda agredido durante trinta minutos.
“Ao tomar conhecimento, a PRF imediatamente instaurou procedimento administrativo disciplinar, afastando os policiais envolvidos de todas as suas atividades. O nosso diretor-geral determinou que todos os fatos relacionados à ocorrência fossem apurados por uma equipe de intervenção de Brasília, que se deslocou até Sergipe para conduzir o processo disciplinar e atuar na gestão da crise”, diz a nota.