Publicado no Blog do Moisés Mendes
A reação de Fernando Haddad aos ataques grosseiros do homem-mosca não é o melhor momento de ontem do Manhattan Connection, o programa dos jornalistas ultraliberais transmitido por uma TV estatal.
O melhor momento (o trecho do vídeo está logo abaixo) é o do espanto do homem-mosca, quando Haddad diz que o fascista é uma pessoa problemática, inclusive psicologicamente.
O sujeito, sempre tão seguro, está visivelmente nervoso. A estocada de Haddad é um teste para que os telespectadores pudessem ver como o sujeito iria reagir.
A reação chega a ser engraçada e prova que aquele é mesmo o homem-mosca. E que mesmo assim, mesmo sendo o homem-mosca, ele não busca ajuda.
E aí é de se perguntar? Qual é o problema em se tratar, se todo mundo em algum momento na vida (a classe média pelo menos) procura ajuda de um profissional, como disse Haddad?
Por que o homem-mosca se considera imune a problemas psicológicos, e mais ainda agora na pandemia?
O homem-mosca deve, sim, procurar entender por que é o homem-mosca, sem preconceitos. Haddad fez o certo ao recomendar que busque entender o que se passa com ele.
Mas o que Haddad ganha indo a um programa como esse? Tudo bem que depois temos um vídeo para compartilhar, podemos rir do homem-mosca, mas e daí?
Essa entrevista é uma boa ideia para alargar o público de Haddad, ou fica entre nós? Talvez não tenha ficado por causa da cara do homem-mosca.
Todo mundo já viu o vídeo, mas eu não tinha compartilhado. Eis a cena assustadora:
"[Sergio Moro], se estivesse nos Estados Unidos, estaria em Guantánamo respondendo pelos crimes que cometeu".
O professor e pré-candidato à Presidência @Haddad_Fernando esteve no #ManhattanConnection, falou sobre Sergio Moro, Lula e respondeu à críticas de @diogomainardi. pic.twitter.com/F51v8EXzZa
— TV Cultura (@tvcultura) February 11, 2021