O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do inquérito da Polícia Federal (PL) contra aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), incluindo seu ex-assessor, Luciano Cavalcante. A informação é do colunista Aguirre Talento, do UOL.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) diz que a investigação em tramitação na primeira instância da Justiça Federal em Alagoas deveria ter sido enviada ao STF porque detectou suspeitas do envolvimento de um deputado federal, Gilvan Máximo (Republicanos-DF).
A PF monitorou os encontros de Gilvan com Pedro Magno, suspeito de ser responsável por entregas em dinheiro vivo desviado de contratos do Ministério da Educação. Segundo a corporação, os encontros ocorreram em dezembro do ano passado. Na época, Gilvan ainda não havia tomado posse como deputado.
Aras, no entanto, argumentou que os relatórios de diligência sobre Gilvan foram juntados aos autos em fevereiro deste ano e, por isso, deveriam ter sido imediatamente remetidos ao STF. Diante disso, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acionou a PGR e solicitou providências sobre o caso.
O PGR, por sua vez, apresentou sua manifestação ao STF na última terça-feira (13) e pediu a paralisação de toda a investigação, até que o Supremo julgue a competência.
O ministro Luís Roberto Barroso, relator do pedido no STF, proferiu decisão na quinta-feira (15). Ele solicitou que a 2ª Vara Federal de Maceió, responsável pelo caso na primeira instância, apresente esclarecimentos em um prazo de 48 horas. Cabe ao magistrado decidir a respeito do mérito do pedido.