Araújo, o lunático do Itamaraty, se orgulha de transformar Brasil em pária internacional. Por Jeferson Miola

Atualizado em 22 de outubro de 2020 às 17:45
Ernesto Araújo. Foto: Reprodução

Publicado originalmente no blog do autor

POR JEFFERSON MIOLA

Em discurso durante formatura de nova turma de diplomatas [22/10], o condutor bolsonarista da diplomacia da vergonha Ernesto Araújo – o lunático do Itamaraty – assumiu, com enorme orgulho, que o Brasil é um pária internacional [trecho do discurso aqui] [merece nota à parte o gestual e a rosto do intérprete de libras].

Em mais um discurso delirante e recheado de conceitos embolorados do período da guerra fria, o lunático do Itamaraty atacou, indiretamente, a política exterior dos governos petistas. Para ele, nos tempos do PT a diplomacia brasileira flertava com o marxismo e o globalismo para “corromper e estraçalhar a fé” [o discurso completo pode ser visto aqui].

Como um “pregador da revelação e da verdade”, o lunático do Itamaraty ensinou aos novos diplomatas que “A diplomacia pode ser lírica, dramática e pode ser épica, pode ter bandeira e pátria. A diplomacia pode pensar, pode falar. Para mim, isso foi uma descoberta transformada e quero compartilhar com vocês”.

Este discurso do lunático do Itamaraty ocorre um dia após seu chefe, o genocida Jair Bolsonaro decidir cancelar, por motivação ideológica e por subserviência aos EUA, a aquisição de vacinas contra o COVID-19 – escolha criminosa que sujeitará o povo brasileiro ao risco de extermínio em larga proporção.

O auto-reconhecimento que o chefe miliciano Bolsonaro e o lunático do Itamaraty fazem da natureza do governo pária e genocida do Brasil é tão assombroso e estarrecedor quanto a conivência da oligarquia dominante com este projeto fascista.

Enquanto o mundo inteiro acompanha com espanto e apreensão esta realidade brasileira, as instituições nacionais – judiciário e Congresso – continuam funcionado normalmente, ou seja, garantindo o aprofundamento da barbárie e a total dissolução do país.

No último domingo o povo boliviano [aqui] demonstrou que só a força do povo unido e em movimento é capaz de deter e derrotar o fascismo das oligarquias teleguiadas pelos interesses da potência imperial.