Após o Supremo Tribunal Federal (STF) receber informações de que o ex-deputado bolsonarista e presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, mesmo em prisão domiciliar, mantinha um arsenal de armas em sua casa de forma irregular, determinaram um mandado de prisão para ele.
Jefferson também estaria planejando uma escalada aos ataques contra às autoridades na reta final das eleições, e com receio que promovesse atos extremistas, a medida não teve relação direta com os ataques proferidos pelo aliado de Bolsonaro contra a ministra Cármen Lúcia, na sexta-feira (21).
De acordo com uma das determinações da Lei Eleitoral, ninguém pode ser preso a não ser em flagrante até cinco dias anteriores às eleições. A decisão foi tomada com agilidade considerando que, a partir desta terça-feira (25), ele não poderia mais ser preso.
Na manhã deste domingo (23), a polícia cumpria a decisão para prender Jefferson emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Outras entidades e senadores também apoiaram e promoveram ações para a prisão do ex-deputado após os ataques contra a ministra do STF.
No entanto, Jefferson reagiu à ação policial e recebeu à polícia com um fuzil e granadas em sua residência no município de Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. Durante a abordagem, dois agentes policiais foram feridos. Eles foram encaminhados para o hospital e passam bem. O ex-deputado ainda não se entregou e a polícia cerca sua casa.
“Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”, disse Jefferson em um vídeo gravado dentro de sua própria casa.
“Chega de opressão. Eles já me humilharam muito, a minha família (…) eu não atirei em ninguém para pegar (…) atirei no carro e perto deles. Eram quatro e eu falei: saí que eu vou pegar vocês”.