Publicado originalmente no Vermelho.org:
Em primeiro lugar, devemos fazer a pergunta: o que é a pobreza?
A pobreza é uma situação social e econômica caracterizada por uma carência da satisfação das necessidades básicas. As circunstâncias para especificar a qualidade de vida, e determinar se um grupo em particular se cataloga como pobre, tem o costume de pesquisar o acesso a recursos como saúde, educação, moradia, água potável, assistência médica, etc. Mesmo assim, é costume que se considerem como importantes para efetuar esta classificação as circunstâncias de trabalho e nível de recursos.
Para os indivíduos, a pobreza é fome, desemprego, baixo salário, baixo nível da vida ou doenças. No mundo, há 20 países muito pobres, mas só na África continental estão 16 deles. Inclusive, existem mais países africanos que estão caindo na armadilha da pobreza.
A variedade de elementos citados acima faz com que a tarefa de medir a pobreza seja regida por diversos parâmetros. Sabe-se que existem dois critérios: o da chamada “pobreza absoluta”, em que se enfatizam as dificuldades para alcançar níveis mínimos de qualidade de vida (nutrição, saúde, etc.), e outro chamado de “pobreza relativa”, que significa ausência de recursos para a satisfação de necessidades básicas.
As zonas que se registram como mais comprometidas com esse fenômeno são sem dúvida as do terceiro mundo, destacando-se marcadamente as da África, na qual o percentual de população abaixo da linha de pobreza chega a superar os sessenta por cento em alguns países.
Apesar desse predomínio de pobres nos países subdesenvolvidas, os países do 1º Mundo também deverão fazer frente a essa problemática, principalmente devido às ondas migratórias de pessoas que buscam melhoras em seus padrões de vida. Sendo assim, fica evidente que não se pode permanecer indiferente aos problemas econômicos e sociais do 3º Mundo. Pode-se entender não somente como uma postura objetiva desde um ponto de vista ético – mas como uma política contraproducente. Na atualidade, as pessoas mais afetadas pelo flagelo da pobreza correspondem ao sexo feminino, registrando neste grupo o maior número de mortes por fome.
Não há uma única definição de pobreza que seja universalmente aceita. Seu conceito depende dos valores de cada sociedade e é determinado conforme a lógica de cada país. A fim de traçar estratégias de combate, muitos governos e organizações internacionais adotam medidas contra a pobreza baseadas nos rendimentos ou no poder de consumo de um indivíduo.
A China é um país desenvolvido, com 700 milhões de camponeses. Em 2014, o país possuía quase 74 milhões de pobres rurais, mas nos últimos oito anos uma média anual de 10 milhões de pessoas saíram da pobreza – 10 milhões fora da pobreza por ano! É um ritmo que não teve precedentes nem paralelos em todo o mundo.
Em 25 de fevereiro de 2021, em Beijing (Pequim), o chefe do Estado da China declarou que o país havia concluído a dura tarefa da erradicação da pobreza absoluta, criando mais um milagre registrado na história. Para o caminho do alívio da pobreza no país, resumindo a experiência chinesa na persistência da liderança do Partido Comunista da China, houve o conceito de desenvolvimento centralizado no povo e na vantagem socialista de poder unir os esforços da sociedade para realizar façanhas importantes, entre outras.
A China começou a promover o desenvolvimento e o alívio da pobreza em grande escala desde a adoção da política de reforma e abertura. Em 2012, pôs a luta contra a pobreza como prioridade da governança do país. A China estabeleceu um mecanismo de trabalho que reúne os esforços do governo central e das diferentes regiões, formando um sistema de combate à pobreza com a participação de toda a sociedade.
Sendo o maior país em desenvolvimento do mundo, a erradicação da pobreza na China também demonstrou o avanço do país na proteção dos direitos humanos e favoreceu o combate à pobreza do mundo inteiro. Dados mostram que a contribuição chinesa para a redução da pobreza mundial superou 70%. O país completou, dez anos antes do previsto, as metas relacionadas ao alívio da pobreza da Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável.
Para a China, a erradicação da pobreza, a melhoria do padrão de vida da população e a prosperidade comum são exigências essenciais do socialismo e, por isso, a saída da pobreza não é o ponto final – mas, sim, um novo ponto de partida. No plano dos trabalhos seguintes, a China combinará a consolidação dos êxitos do alívio da pobreza com a revitalização da zona rural e continuará se esforçando para a realização da prosperidade compartilhada.
Para os indivíduos, é necessário muita perseverança e muito trabalho para se livrar da pobreza. Porque a pobreza é um demônio, a pobreza faz com que as pessoas fiquem impacientes, envergonhadas, ansiosas por um sucesso rápido e difíceis de tolerar. Os pobres, por razões econômicas, só podem correr para sobreviver, perseguir expectativas de curto prazo e aprender a praticar o “pragmatismo”. Visto que aprender e receber educação requerem muitos anos, os pobres não têm paciência para esperar por esse ciclo de retorno do investimento.
Os pobres, além de usar a maior parte do dinheiro para consumo, a pequena parte restante dos fundos, gosta de perseguir altos retornos de curto prazo, como ingressar em uma organização de ilegais. Esta é uma abordagem muito arriscada e é muito provável que os pobres percam dinheiro.
A coisa mais importante para os pobres saírem de seus problemas é ser frugal e economizar capital antes de poderem investir no futuro. Somente o seu pequeno capital pode reduzir a ansiedade dos pobres e apoiá-los para investir no futuro. Portanto, economizar capital, por meio da economia pessoal, torna-se extremamente importante.
Além disso, o aprimoramento da capacidade de autocontrole e o estudo árduo também devem ser enfatizados, porque a aprendizagem ao longo da vida se tornou a chamada dos tempos e a nova era da inteligência artificial chegou. Para não serem substituídos, no máximo, por robôs, é necessário estabelecer metas de aprender mais cedo as novas habilidades e novas tecnologias.
A pobreza não é problema particular de um indivíduo, mas um problema social. Mas enquanto isso, para diminuir a pobreza, os indivíduos precisam combatê-la, para que diminuam juntos o problema no país. A pobreza como demônio pode ser derrotada com boa política e excelente meio – mas isso tem de ser de acordo com as diferentes condições de cada país, que formula políticas adequadas às suas próprias condições nacionais.