As condições de Putin para negociar “proposta de paz real” com a Ucrânia

Atualizado em 14 de junho de 2024 às 12:23
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, impôs suas condições para negociar acordo de paz com a Ucrânia. Foto: Maxim Shemetov/Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, listou as condições para iniciar as negociações de paz com a Ucrânia. Ele afirmou que as Forças Armadas do país devem deixar completamente os territórios da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, além das províncias russas de Kherson e Zaporozhie.

O mandatário russo afirmou que os soldados ucranianos devem deixar todo o território dentro de seus limites administrativos e afirmou que Moscou garantirá a saída segura dos militares do país.

“Assim que Kiev declarar que está preparado para tal decisão e iniciar a retirada real das tropas dessas regiões, bem como notificar oficialmente o abandono dos planos de adesão à OTAN, de nossa parte, imediatamente, literalmente naquele exato minuto, virá a ordem para cessar fogo e iniciar as negociações”, afirmou Putin.

Ele ainda pediu que Kiev tome uma decisão sozinho, sem a ajuda de blocos internacionais de países. Recentemente, o Kremlin criticou a atuação da Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos e formada por 32 nações, por supostamente entrar em confronto direto com a Rússia.

Guerra da Ucrânia. Foto: Getty Images

Putin apontou que o país está fazendo uma nova “proposta de paz real” e que a Ucrânia e países do Ocidente serão responsáveis pelo “derramamento de sangue” se recusarem o acordo.

“A essência de nossa proposta não é algum tipo de trégua temporária ou suspensão do tipo cessar-fogo, como quer o Ocidente, para restituir as perdas e rearmar o regime de Kiev e prepará-lo para uma nova ofensiva. Repito: não estamos falando de congelar o conflito, mas de seu fim definitivo”, prosseguiu.

O chefe de Estado da Rússia ainda disse esperar que todas as sanções impostas contra o país sejam canceladas e que o status da Crimeia, de Sebastopol e dos territórios já citados sejam consagrados em tratados internacionais.

“Chamamos virar página trágica da história e, por mais difícil que seja, gradualmente, passo a passo, começar a restaurar as relações de confiança e boa vizinhança entre a Rússia e a Ucrânia, bem como no conjunto da Europa”, completou.

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