Bolsonaro caiu, mas os bolsonaristas fazem questão absoluta de seguirem passando vergonha. Dessa vez, inventaram de massacrar a musa Paolla Oliveira, rainha de bateria da Grande Rio, por estar “fora de forma”.

E antes que digam que os bolsonaristas não têm nada a ver com isso, um parêntese: um dos comentários irrepetíveis no Twitter é que “mais três anos de governo Lula e Paolla “vira a esbanja”, referindo-se a Janja Lula da Silva, nossa primeira-dama.

A razão pela qual Paolla tem sido perseguida é o fato de seu atual companheiro, o sambista Diogo Nogueira, ter declarado voto em Lula nas últimas eleições.

Não sei o que me chama mais atenção: o fato de os bolsonaristas continuarem incansavelmente perseguindo aqueles que não são da sua laia, ou o fato de terem atacado não Diogo, mas sua companheira.

Mulheres são sempre espólios de guerra ou saco de pancadas em embates políticos.

Por que os patriotas não criticaram o próprio Diogo Nogueira? Qual a razão de terem atacado justamente sua companheira, e, curiosamente ou não, comparando-a com outra mulher?

A resposta é simples: porque eles são covardes.

Não têm culhões para encararem outros homens, então inventam defeitos em suas mulheres para atingí-los.

E quando digo inventam, estou sendo literal: há de se empregar um esforço hercúleo para encontrar defeitos na forma física de Paolla Oliveira, uma das mulheres mais belas do Brasil na atualidade.

Se bem que é do feitio dos machões bolsonaristas inventarem defeitos em mulheres. Parece-me muito difícil pra eles apreciarem o corpo feminino – já criticaram até Bruna Marquezine por ter “peitos caídos”.

Imagino a figura desses caras que insultam musas na internet. Burros em sua totalidade e feios em sua maioria – cafonérrimos, quase sempre.

Cara tu pega um frame da mulher depois dela dançar e quer falar merda, olha ela aí em video kkkkkkkkkkk pic.twitter.com/0q6nuD74ck

— Clara Castro (@ClaraC4str0) December 21, 2023

Mas insultar uma mulher pela escolha de voto do seu companheiro – e não dela própria – é absurdamente sintomático: o bolsonarismo mantém claríssimas suas vítimas, as minorias.

Alguns chegaram a printar fotos da mulher e circular “defeitos” estigmatizando-a de “gordinha”, o que demonstra uma vez mais que os bolsonaristas não sabem reconhecer e apreciar uma mulher maravilhosa.

Para além disso, eles vêem nos nossos corpos material de análise e julgamento, como se tivéssemos a obrigação de servirmos ao seu voyeurismo.

Nossos corpos não servem para serem julgados por homens de capacidade cognitiva limitada. O corpo de Paolla Oliveira – lindo, diga-se de passagem – pertence a ela apenas: ao seu prazer, às suas vontades e ao seu samba.

E enquanto bolsonaristas tentam ofuscar o brilho de uma mulher com críticas infundadas, Paolla segue sendo uma grande gostosa, e sobretudo uma grande gostosa dona de si, ignorando solenemente qualquer comentário que diga o contrário.

O resto é conversa.