Por Moises Mendes
Na semana do julgamento de Sergio Moro no TRE do Paraná, e logo depois do voto do relator em defesa do ex-juiz suspeito, o Estadão sai com uma manchete que tenta ressuscitar a Lava-Jato:
“Empresa suíça admite nos EUA propina na Petrobras, mas processo da Lava Jato está parado no Brasil”
Na capa do Globo, Merval Pereira repete em artigo toda a argumentação do juiz relator das ações, usando as mesmas palavras que, segundo o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, definem uma perseguição.
“Retaliação e desforra política no processo contra Moro”
Até ir finalmente para a panela, no TSE, o sujeito se agarra aos últimos cúmplices da Lava-Jato. E as ações passam a ser vistas como retaliação ao ex-empregado de Bolsonaro.
Toda conta tem um preço. Para alguns, o preço do apoio ao lavajatismo é alto e ainda está sendo pago, por tudo o que eles tiveram de Moro na caçada a Lula.
A Globo vai pagar por muito tempo o preço cobrado por ter sido presenteada pelo ex-juiz com o grampo criminoso da conversa entre Dilma e Lula em 2016.
Outros pagam aos justiceiros pela receptação de vazamentos contra os investigados, principalmente contra os encarcerados em prisão preventiva, para que virassem delatores.
A Lava-Jato municiou muita gente que, durante mais de cinco anos, atuou mais como agente de Curitiba do que como jornalista.
Alguns já abandonaram o ex-juiz, mas Merval Pereira é um dos ainda têm o que pagar pelos serviços prestados à Globo pela força-tarefa.
Originalmente publicado no Blog do Moisés Mendes
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