A trama é a seguinte: o detetive Hercule Poirot (cuja grandeza na literatura policial é comparável apenas à de Sherlock Holmes) está investigando um assassinato cometido numa noitada de bridge. O problema? As pistas são pouquíssimas. A solução que ele encontra, então, é comparar as características do crime à personalidade de cada jogador da mesa. Isso porque, segundo Poirot, ninguém consegue esconder o seu caráter em um jogo de cartas.
E, assim, com uma leitura psicológica profunda, ele descobre o assassino.
Ok, trata-se de um livro, é verdade. E neles o detetive sempre tem sucesso em sua investigação. Ainda assim, é possível aprender muito com as histórias do personagem belga de Agatha Christie. Mais do que um investigador particular, afinal, ele é um filósofo e um estudioso da natureza humana.
LIÇÃO #1
Ninguém consegue esconder a sua personalidade em um jogo de cartas — nem mesmo se o sujeito for mais ardiloso do que três advogados da Filadélfia. Cauteloso na mesa, cauteloso na vida; audacioso na mesa, audacioso na vida.
LIÇÃO #2
Nem um mestre de disfarces consegue esconder as suas manias. Observe sempre a linguagem corporal dos outros; uma pessoa pode muito bem pintar os cabelos, escurecer a pele ou fazer uma plástica – mas raramente deixa de roer as unhas ou de amassar o miolo do pão.
LIÇÃO #3
Para buscar o sucesso, devemos tirar proveito das lições do reino animal. Na dúvida, sempre seja um esquilo – eles armazenam as nozes durante o outono para poder aproveitá-las mais tarde.
LIÇÃO #4
A má reputação nunca foi o bastante para deter as mulheres. Homens de excelente caráter e moralidade impecável não chamam a atenção feminina, pois as qualidades morais jamais foram ou serão românticas.
LIÇÃO #5
Na carreira, você não precisa gelar os pés na lama e a tremer de frio enquanto se queima por dentro – a prudência e o autocontrole são muito mais úteis do que a impulsividade e a energia.