Em seu estilo cantor de bolero/mordomo de filme de terror/porteiro de fliperama, Temer deu uma explicação aparentemente estúpida sobre sua impopularidade, mas no fundo precisa.
“Às vezes, as pessoas não vão com a minha cara. Dizem ‘não vou com a cara desse Temer’. Não tem problema. O problema é analisar de maneira fria o que está sendo feito no meu governo. Pegamos uma recessão medonha”, disse ele em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia.
Michel listou seus feitos — as “reformas” e principais “projetos” aprovados em sua gestão — e falou que o DEM deve “desfrutar dos bons frutos” de seu governo.
Sem noção, aconselhado por gente como ele, Temer acha que pagar jabá para aparecer no Silvio Santos, no Ratinho ou no Amaury Junior vai dar algum resultado que não sejam dor, constrangimento e suores noturnos.
“Este ano, não vou tolerar acusações de que estou envolvido em falcatruas. Estou combatendo isso. São acusações falsas. As pessoas que disseram isso estão na cadeia ou desmoralizadas”, ameaçou, referindo-se a Joesley Batista, sem deixar claro o que fará com os milhões de brasileiros que o achincalham diariamente.
Temer entra na reta final de seu mandato tampão como um pária. Segundo o Datafolha, 70% o consideram ruim ou péssimo. Sua rejeição é de 60%.
No único cenário em que foi testado para 2018 — na hipótese remota de ele tentar qualquer coisa, vai que enlouquece —, aparece com 1% das intenções de voto.
Os possíveis candidatos do Planalto, Henrique Meirelles e Rodrigo Maia, não passam de 2%. Existe o pato manco. Temos o rato manco (dsclp).
Ele é um nada. Ninguém se importa com o que ele faz. É a incorporação de um golpe mequetrefe que precisava de uma bucha de canhão vaidosa.
É o homem que não estava lá.
Nem sequer as roubalheiras repercutem mais. É um zumbi. Os cidadãos olham por cima dos ombros de MT para ver o que tem depois dele. Isso inclui a pobre Marcela.
Resumindo: as pessoas não vão com a cara dele. Não que houvesse algum jeito de ser diferente, mas desta vez, Michel, você acertou.