Após a recente agressão com uma cadeira, que ocorreu no domingo (15), as campanhas de Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) consideram que as regras atuais já são suficientemente rigorosas e que mudanças adicionais não garantiriam a prevenção de novos episódios de violência, conforme informações do G1.
Em contraste, a equipe do empresário Pablo Marçal (PRTB) está pressionando por alterações adicionais para o próximo debate, que será realizado pela RedeTV! e UOL nesta terça-feira (17), menos de 48 horas após o incidente.
Até agora, as regras estipulavam a proibição de filmagens e a ausência de plateia no estúdio. Além disso, a imprensa não podia acompanhar o debate no local e os candidatos eram limitados a três acompanhantes: um assessor de imprensa, dois assessores de campanha e um segurança.
A equipe de Marçal agora solicita que ele seja acompanhado por dois seguranças, sendo que um deles deve permanecer próximo ao púlpito. No entanto, os organizadores ainda não confirmaram se essa solicitação será atendida.
A campanha de Marçal também pediu a exclusão de Datena dos próximos debates, mas o pedido foi negado e Datena já confirmou sua presença, assim como os outros candidatos.
Já Guilherme Boulos (PSOL) se posiciona contra a imposição de novas regras e sugere um “pacto de civilidade” entre os candidatos. Ele propõe reunir os participantes comprometidos com a democracia para estabelecer um padrão mínimo de comportamento para os debates.
Boulos também disse que não concorda com a exclusão de Datena. “O primeiro que deveria ter repreendas, considerando o histórico dos cinco debates que tivemos, é o Marçal. Ele desrespeitou as regras sistematicamente, atacou a honra das pessoas, inventou mentiras. À medida que uma pessoa que atua como ele está presente nos debates, o Datena também deve estar”, afirmou.
As campanhas de Tabata Amaral e Ricardo Nunes também indicaram que não apoiarão a exclusão de Datena.
Vale destacar que os candidatos à Prefeitura de São Paulo ainda terão a oportunidade de se enfrentar em mais seis debates antes do primeiro turno, previsto para 6 de outubro.