As tripas que renderam 134 ações. Por Moisés Mendes

Atualizado em 13 de dezembro de 2022 às 11:35
Escritor João Paulo Cuenca. Foto: Reprodução

O caso do jornalista e escritor João Paulo Cuenca é tema de uma audiência pública nesta terça, no Ministério Público Federal do Rio.

Cuenca é acusado em 134 ações abertas em nome de pastores e religiosos evangélicos.

Em junho de 2020, ele publicou nas redes sociais que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.

Os pastores devem ter achado que Cuenca deseja mesmo que suas tripas sejam usadas no enforcamento dos Bolsonaros.

O MP vai avaliar a denúncia, feita pela Associação Brasileira de Imprensa, de que Cuenca é vítima de assédio judicial.

Fui convidado pelo MP a depor na audiência, porque escrevi sobre o caso, que acompanho desde o início, e enfrento quatro ações na Justiça apresentadas pelo autoproclamado véio da Havan.

Outros jornalistas em situações semelhantes, por perseguição do poder econômico, político e religioso da extrema direita, também irão depor.

Como disseram Lula e Alexandre de Moraes na cerimônia de diplomação em Brasília, do que mais precisamos hoje é de coragem. Estou tentando fazer a minha parte.

Texto publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

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