A edição final do levantamento anual do “Monitor da Violência” mostrou uma queda de 4% nos assassinatos no Brasil em 2023 em comparação com o ano anterior. O estudo abrange vítimas de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, excluindo mortes por violência policial.
Esta é a terceira queda consecutiva e a menor da série histórica iniciada em 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em colaboração com o g1.
A maioria das unidades da federação, 21 no total, registrou uma redução no número de assassinatos em 2023. Cinco estados tiveram aumento, enquanto um permaneceu estável. O índice de assassinatos por 100 mil habitantes também diminuiu, passando de 20,3 em 2022 para 19,4 em 2023.
Vale ressaltar que, apesar da melhoria, o Brasil continua com um dos maiores índices de homicídios no mundo, destacando desafios regionais no combate à violência.
Monitor da Violência
O Monitor da Violência, uma iniciativa conjunta do g1, FBSP e NEV-USP, foi crucial para aumentar a transparência das informações sobre segurança pública no país.
A parceria permitiu acompanhar os dados sobre mortes violentas de forma atualizada e padronizada, contribuindo para a formulação de políticas públicas mais eficazes.
A divulgação dos dados pelo governo federal em um painel interativo também aumentou a disponibilidade de informações precisas sobre crimes violentos.
Após a redução de 4% nos assassinatos em 2023, o levantamento periódico do Monitor da Violência será encerrado, mantendo-se outras iniciativas da parceria.
“O Monitor da Violência teve e tem um papel estratégico para a discussão de vários temas sensíveis da agenda da segurança pública, a exemplo dos dados sobre redução e esclarecimento de homicídios, letalidade e vitimização policial, sistema prisional, violência contra mulheres, entre outros”, afirmaram Renato Sérgio de Lima e Samira Bueno, diretores do FBSP.
“Afinal, a experiência internacional revela que é a partir da ação intensa de disseminação de informações fidedignas e qualificadas que políticas públicas são provocadas e gestores se mobilizam”.
A queda no número de assassinatos foi impulsionada por estados como São Paulo, Pará e Bahia, embora tenha sido observada em todo o país.
Destaque para São Paulo e Rio
São Paulo continua com o menor índice de assassinatos por 100 mil habitantes, enquanto estados como Sergipe, Tocantins e Rondônia registraram as maiores quedas percentuais.
Por outro lado, estados como Rio de Janeiro e Pernambuco tiveram aumento no número de assassinatos, apresentando desafios adicionais para o combate à violência.
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