Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), que resultaram na prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão pela morte de Marielle Franco, uma descoberta intrigante veio à tona. De acordo com a delação de Ronnie Lessa, autor dos disparos na vereadora, um membro da milícia de Rio das Pedras ligado ao Escritório do Crime se filiou ao PSOL, partido da vereadora a mando dos Brazão um ano antes do crime acontecer.
Segundo informações apuradas por Andreia Sadi, o miliciano Laerte da Silva de Lima tinha a responsabilidade de coletar informações sobre a parlamentar.
Conforme relato de Lessa, dentro do PSOL, Laerte teria ouvido Marielle advertindo moradores contra a adesão a novos loteamentos em áreas controladas pela milícia. A delação ainda menciona uma recompensa oferecida a Lessa: o comando de uma milícia em terras da família Brazão.
Segundo a delação, o então chefe da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, teria ordenado que a morte de Marielle não ocorresse perto ou dentro da Câmara Municipal, para evitar que o crime assumisse uma conotação política e pressionasse as forças policiais por uma resposta eficaz. O delegado também foi preso pela PF neste domingo (24) sob acusação de dificultar as investigações.
Laerte foi preso em 2019 durante a Operação Os Intocáveis, sendo descrito como um dos braços armados da milícia. Antes de ser alvo de investigação e detenção, ele já tinha registros criminais por posse ilegal de arma de fogo.
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link