A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta terça-feira (12) uma resolução que pede cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas.
A votação ocorreu após os Estados Unidos vetarem a medida durante uma reunião do Conselho de Segurança na semana passada.
Dos 193 países membros da ONU, 153 votaram a favor da resolução, enquanto 10 votaram contra, incluindo os EUA (que não tem direito de veto na Assembleia-Geral) e Israel. Além disso, 23 países se abstiveram.
As resoluções da Assembleia-Geral não são vinculativas, ou seja, não têm a obrigação de serem cumpridas, mas têm peso político e representam uma perspectiva global sobre o conflito na Faixa de Gaza.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse antes da votação que havia aspectos da resolução que o governo norte-americano apoiava, como a necessidade urgente de abordar a situação humanitária em Gaza, proteger os civis e libertar reféns.
Entretanto, Thomas-Greenfield argumentou que qualquer cessar-fogo seria temporário e, no pior cenário, perigoso tanto para os israelenses quanto para os palestinos.
“Qualquer cessar-fogo neste momento seria temporário, na melhor das hipóteses, e perigoso, na pior das hipóteses – perigoso para os israelenses, que estariam sujeitos a ataques implacáveis, e também perigoso para os palestinos, que merecem a chance de construir um futuro melhor para si próprios livres do Hamas”, disse.
A resolução aprovada nesta terça-feira também exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e pede que as partes em conflito cumpram o direito internacional, especificamente no que diz respeito à proteção de civis.
Antes da votação na ONU, o presidente norte-americano Joe Biden afirmou em um evento de arrecadação de fundos para sua campanha de reeleição de 2024 que Israel estava perdendo apoio internacional devido aos “bombardeios indiscriminados”.