Assessor de Bolsonaro preso pela PF confessa fraude no cartão de vacina

Atualizado em 16 de maio de 2023 às 12:09
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu assessor, Max Guilherme. (Foto: Reprodução)

Max Guilherme Machado de Moura, atual assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmou ter emitido seu certificado de vacinação mesmo não tendo se imunizado contra a Covid-19. As falas de Max ocorreram durante depoimento à Polícia Federal (PF).

O atual assessor de Bolsonaro foi um dos presos no dia 3 de maio durante a operação Venire. Ele é suspeito de participar do esquema de inserção de dados fraudulentos no sistema do Ministério da Saúde em relação a certificados de vacinação contra a Covid-19. Na ocasião, o tenente Mauro Cid, ex-braço direito do ex-mandatário também foi preso pela PF por suspeita de participação no esquema fraudulento.

Max foi ouvido no mesmo dia da prisão e decidiu falar à PF sem a presença de seu advogado, e logo no início do depoimento, disse que “não se vacinou contra a Covid, e nem conhece o Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias”.

Dados do Ministério da Saúde em posse dos agentes policiais, no entanto, mostram duas vacinas supostamente tomadas por ele em Duque de Caxias nos mesmos dias que Bolsonaro: a primeira em 13 de agosto e a segunda em 14 de outubro de 2022.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

Questionado se sabia dos registros de vacina em seu nome no sistema, Max disse à PF que “ouviu dizer que havia no ConecteSUS diversos dados sobre saúde, como licenças e afastamento, o que o teria motivado a entrar no aplicativo para verificar o que constava em seu nome, quando encontrou os registros de vacinação”. Nesse momento, ele afirmou ter impresso pela primeira vez o certificado.

Max ainda foi confrontado pelos investigadores sobre o motivo de ter imprimido o documento no dia 26 de dezembro de 2022 mas não respondeu.

Segundo a PF, a única diferença entre a suposta fraude na inserção de dados de vacinação de Max e de Bolsonaro é que as informações do assessor não foram posteriormente excluídas.

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