Associação judaica denunciará Paulo Nogueira Batista Jr no MPF por antissemitismo

Atualizado em 6 de dezembro de 2023 às 21:28
Paulo Nogueira Batista Jr. Foto: Reprodução

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) apresentará uma denúncia ao Ministério Público Federal contra o economista Paulo Nogueira Batista Jr., alegando antissemitismo. A decisão surge após Nogueira usar suas redes sociais para criticar o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, chamando-o de “nulidade” e afirmando que sua nomeação para a presidência do BID foi apoiada pelo “lobby judaico”.

O vice-presidente da Conib, Daniel Bialski, afirmou que a denúncia não se restringirá apenas ao antissemitismo contra Ilan Goldfajn, mas abrangerá todo o episódio, incluindo a postagem de um símbolo nazista por parte de Nogueira. A entidade busca que o Ministério Público apure as ações contra Ilan e a comunidade judaica em geral.

A Conib condenou veementemente a declaração, apontando que não é a primeira vez que Nogueira ataca com comentários antissemitas. “Na falta de argumentos, o reincidente Paulo Nogueira Batista Jr. faz uso de antigo libelo antissemita de dominação do mundo pelo “lobby judaico” para atacar um dos mais renomados economistas brasileiros.

Paulo Nogueira, entre outras manifestações de intolerância, ainda fez em suas redes comparação entre o símbolo judaico da estrela de David e a suástica nazista. Contra esse seu discurso de ódio reiterado, foi requerida investigação”, diz a nota da Conib.

Ilan Goldfajn. Foto: Reprodução/Sérgio Lima

O Centro de Debate de Políticas Públicas (CDDP) também se pronunciou, lembrando que há pouco menos de um ano já havia repudiado declarações semelhantes de Nogueira contra Ilan Goldfajn, classificando-as como antissemitas. O CDDP pede às autoridades que tomem medidas para proteger as vítimas dessas agressões e responsabilizar os envolvidos.

Paulo Nogueira Batista Jr., ex-diretor-executivo no FMI e ex-vice-presidente do NBD (banco dos BRICS), foi indicado por Guido Mantega e Dilma Rousseff. A Coluna do Estadão buscou contato com Paulo e Ilan, mas não obteve resposta até o momento.

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