Onze funcionários da UNRWA, agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados palestinos, foram mortos por mísseis disparados por Israel contra a Faixa de Gaza. Juliette Touma, chefe de comunicações do órgão, afirmou que eles morreram quando os bombardeios destruíram suas casas.
A agência anunciou que sua sede na cidade de Gaza foi alvo de mísseis que causaram “danos significativos” ao imóvel. “Todos os funcionários internacionais da ONU presentes em Gaza estão se abrigando em outro prédio dentro do mesmo complexo”, diz a UNRWA.
Relatórios iniciais apontaram que diversos escritórios e bens da UNRWA foram danificados com o ataque israelense. “Os prédios e instalações das Nações Unidas devem ser protegidos o tempo todo, inclusive em tempos de conflito”, acrescenta o comunicado.
A UNRWA já registrou diversos danos colaterais e diretos em ao menos 18 instalações, incluindo escolas que abrigavam civis, desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel.
De acordo com a entidade, Israel tem a obrigação de evitar causar dano contra a população civil e que os ataques podem ser considerados crimes de guerra. A ONU diz que tanto o Hamas quanto as forças israelenses devem ser questionadas pelas ofensivas.
As Nações Unidas condenaram os ataques contra civis e pediram para que o Hamas liberte reféns israelenses, mas lembrou que a resposta de Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, fez com que 187 mil palestinos buscassem abrigos da entidade em Gaza.
Israel enfrenta uma crise diplomática com a ONU após o organismo pedir para que Netanyahu cumpra com regras internacionais e não ataque civis. Em resposta, o governo israelense disse que seus alvos jamais são os civis.
Dados divulgados pela entidade apontam que as ofensivas de Israel já atingiram 5.300 prédios em Gaza e deixaram 610 mil palestinos sem água potável.