Ataques em área de ajuda humanitária foi feito contra “alvos legítimos”, diz Israel

Atualizado em 26 de maio de 2024 às 22:10
Israel atacou acampamento humanitário em Rafah. Foto: REUTERS

As Forças Armadas de Israel (FDI) reconheceram o ataque que resultou na morte de pelo menos 35 palestinos em uma área designada para ajuda humanitária em Rafah, na Faixa de Gaza. As autoridades israelenses, no entanto, tentaram justificar o incidente reportando que o local era utilizado estrategicamente pelo Hamas.

Entidade internacionais condenaram o ataque e desmentiram as justificativas da FDI. Elas afirmam que Israel já havia classificado a região como uma zona segura.

O Crescente Vermelho, equivalente à Cruz Vermelha, relatou um grande número de mortos e feridos na área de Tal as Sultan, em Rafah. Segundo a organização, foram os próprios militares israelenses que instruíram os civis palestinos a procurarem abrigo na região antes do ataque.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, confirmou as 35 mortes e dezenas de feridos. Imagens e vídeos divulgados pelo Crescente Vermelho mostram o socorro às vítimas após o ataque.

Tropas israelenses da FDI. Foto: Reprodução

Ambulâncias transportaram pessoas feridas, enquanto o bombardeio atingiu um centro de deslocados, que abriga cerca de 100 mil pessoas, segundo a Defesa Civil palestina.

“As ambulâncias estão transportando grande número de pessoas feridas depois que a ocupação [Israel] atacou as tendas de campanha de pessoas deslocadas perto da sede das Nações Unidas, a noroeste de Rafah”, informou o Crescente Vermelho no X.

Conforme informado pela Defesa Civil da Palestina, o local atingido abriga cerca de 100 mil pessoas deslocadas. Mesmo que tenha confirmado o ataque, o Exército de Israel disse que o local representava um alvo legítimo de operações do Hamas.

“O ataque foi realizado contra alvos legítimos, ao abrigo do direito internacional, através da utilização de munições precisas e com  informações precisas que indicavam a utilização da área pelo Hamas”, comunicou o exército israelense.

O alto escalão do exército de Israel também informou que dois líderes palestinos do Hamas foram mortos durante a ofensiva: o chefe do Estado-maior do grupo palestino na Cisjordânia, Yassin Rabia, e Khaled Nagar, um alto funcionário do grupo.

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