O último relatório realizado pela Advocacia-Geral da União (AGU) calculou que os prejuízos causados pelos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro já ultrapassam os R$ 26 milhões. Cerca de R$ 7,9 milhões são referentes apenas aos danos ao prédio da Presidência da República.
Já se passaram cinco meses dos ataques que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes. Na ocasião, extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as instalações públicas e destruíram completamente o que viram pela frente.
Os danos foram causados ao patrimônio público do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Casa Civil informou ainda que as despesas não contemplam objetos históricos e obras de arte, que também foram alvo dos radicais e têm valor inestimável.
No dia 9 de janeiro, um dia após as ações, a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão em flagrante de 2.151 pessoas que participaram desses atos e estavam acampadas nos quartéis-generais. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por liberar posteriormente os indivíduos com mais de 70 anos, entre 60 e 70 anos com comorbidades, além de cerca de 50 mulheres que estavam acompanhadas de filhos menores de 12 anos nos eventos. Após análises, outros detidos foram soltos, mas com restrições cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Atualmente, 253 pessoas (67 mulheres e 186 homens) ainda permanecem presas por decisão de Moraes, nos autos da Petição (PET) 10.820. Elas fazem parte do grupo de 1.390 indivíduos que foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República como executores materiais dos crimes ou como incitadores, e continuarão respondendo por várias acusações enquanto estão encarceradas.
Uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista) foi aberta para investigar os demais envolvidos na ação.