O Exército gastou R$ 376.043,64 durante os acampamentos golpistas de militantes de extrema-direita em frente ao QG da instituição, em Brasília. O Comando Militar do Planalto precisou colocar 200 homens a mais de prontidão e ampliar o patrulhamento, o que causou o custo elevado.
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a ocupar a área do Setor Militar Urbano (SMU) no dia 31 de outubro, dia seguinte à vitória eleitoral de Lula (PT). Ao longo do tempo, o número de bolsonaristas no acampamento foi aumentando e cada vez mais passaram a contar com apoio de financiadores. De acordo com o Metrópoles, os 70 dias de acampamento geraram um custo de R$ 5 mil por dia ao Exército.
O dinheiro foi gasto em ações operacionais e logísticas para a segurança da área do SMU, da Praça dos Cristais e do perímetro do QG. O Exército precisou manter a tropa aquartelada diariamente, em condições de ser acionada se necessário.
A permissividade do Exército e de outras forças de segurança em Brasília durante os 70 dias de acampamento teve como consequência o ataque aos prédios das instituições, no dia 08 de janeiro. Na ocasião, militantes bolsonaristas de extrema-direita invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), vandalizando inclusive obras artísticas e relíquias que ficavam expostas.
A tentativa de golpe obrigou o governo do presidente Lula (PT) a decretar intervenção federal em Brasília, para conter e prender os extremistas. Dois meses depois do acontecido, a polícia ainda realiza prisões, em todas as regiões do Brasil, de quem ela identifica que tenha participado das invasões.