A Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do Tribunal de Contas da União (TCU) quer que a Casa Civil explique os motivos para a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos. Com informações da Carta Capital.
Às vésperas do fim do mandato, o ex-chefe do Executivo deixou o país e embarcou para Orlando, na Flórida, onde ficou por três meses.
O pedido de uma investigação para apurar possíveis irregularidades no deslocamento de Bolsonaro partiu do ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), atualmente exercendo um cargo no Ministério da Justiça.
No pedido, Vaz alegou que a viagem do ex-mandatário é ilegal por não se basear no interesse público. Além de destacar os “custos vultosos” envolvidos.
Segundo a análise técnica, a peça do ex-deputado “não traz os indícios suficientes acerca das irregularidades ou ilegalidades que suscita terem ocorrido”. O relatório aponta, no entanto, que a representação pode ser apurada a fim de comprovar a sua procedência.
“É inegável que os custos dessas viagens são elevados, pois englobam os custos do avião da Força Aérea Brasileira (FAB), as taxas aeroportuárias, comidas e bebidas dentro do avião, as equipes de apoio e segurança, diárias, hospedagens, transporte terrestre e outras despesas inerentes à viagem”, ressaltou o órgão do TCU.
De acordo com o documento, a Casa Civil deverá encaminhar em um prazo de 15 dias as seguintes informações:
- A lista dos servidores que integraram o “Escalão Avançado” e a relação das comitivas;
- As cotações dos preços para serviços aeroportuários e de comissaria aérea e para bancar a alimentação;
- A lista nominal dos efetivos atendidos com alimentação;
- O mapa de distribuição dos apartamentos em caso de hospedagem em hotel;
- Um relatório das despesas realizadas;
- Faturas do Cartão de Pagamento do Governo Federal referentes aos meses que abrangem gastos associados a despesas da viagem.