Neste sábado (25), o candidato Augusto Melo foi eleito o novo presidente do Corinthians após vencer André Luiz Oliveira, o conhecido André Negão, nas eleições realizadas neste sábado no Parque São Jorge, sede social do clube. O empresário têxtil de 59 anos, que compareceu à votação usando um colete à prova de balas, conquistou 2.771 votos, enquanto André Negão obteve 1.413. O pleito contou com 20 urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TSE).
No total, 4.184 sócios votaram, escolhendo oito chapas com 25 integrantes cada para compor o Conselho Deliberativo no triênio 2024-2026. Ao longo do dia, torcedores protestaram contra a atual diretoria do clube na sede social do Corinthians, enquanto a votação transcorreu tranquilamente no Ginásio Poliesportivo Wlamir Marques.
Augusto Melo, empresário e investidor de quadras de areia em São Paulo, já foi assessor na equipe sub-17 do Corinthians entre 2015 e 2017, período em que pertencia ao grupo político de Andrés Sánchez. Apesar de ter sido candidato nas eleições de 2020, foi derrotado por Duílio Monteiro Alves, o atual presidente. Nesta eleição, contou com o apoio de figuras importantes do clube, como Wladimir e Craque Neto, o qual planeja concorrer à sucessão presidencial em 2026.
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do time, apoiou Melo na reta final da disputa contra Negão, enfatizando a necessidade de trazer o Corinthians de volta à realidade e priorizar o torcedor, embora mantendo a postura fiscalizadora.
Augusto Melo, no entanto, tem uma história marcada por uma condenação em 2015 por crime contra a ordem tributária, com a pena convertida em medidas pecuniárias e prestação de serviços à comunidade.
Durante a campanha eleitoral, surgiram áudios vazados em que ele utilizava termos racistas e gordofóbicos em relação a Aparecida Antônia Manoel de Oliveira, conhecida como Tia Cida, cozinheira do União Barbarense, clube onde o novo presidente do Corinthians atuou no passado.
Melo admitiu a autenticidade dos áudios, alegando que estavam fora de contexto. O caso foi encaminhado para a CPI da Violência e Assédio Sexual contra as Mulheres na Câmara Municipal.
Em outra ocasião, uma assessora do Corinthians registrou um boletim de ocorrência contra o novo presidente por injúria e ameaça. O estopim da denúncia teria sido uma gravação de áudio realizada por Melo com teor de misoginia que foi compartilhada no WhatsApp.