Para Ricardo Barros, o governo pode não promover o aumento prometido aos policiais devido o impasse em torno da correção salarial.
“O governo tomou a decisão política, o recurso entrou no orçamento, mas não carimbou para quem vai o dinheiro. Evidente que uma possibilidade é não ter aumento para ninguém. Vamos aguardar a evolução do assunto”, afirmou ele.
No Ministério da Economia, o ministro Paulo Guedes e sua equipe se opunham desde o início a qualquer reajuste para o funcionalismo, a ideia de descartar reposições salariais em 2022 tem forte apoio. Mas, uma decisão nesse sentido poderia abalar a aliança entre o presidente Jair Bolsonaro e os policiais, uma das suas bases de apoio eleitoral. Além de provocar os ânimos na Polícia Federal, que está com várias investigações em curso envolvendo a família e pessoas próximas ao presidente.
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Maior temor da equipe econômica é o reajuste linear para todos os funcionários públicos
Para a equipe econômica, o cenário mais temido é o da aprovação, como defende a maioria das entidades dos servidores de um reajuste linear, ou seja, extensivo a todos os funcionários públicos.
Várias carreiras se mobilizam contra o tratamento diferenciado para os policiais. Os auditores fiscais da Receita Federal entregaram mais de 600 cargos e decidiram entrar em operação-padrão. Também há ameaças de greve e descontentamento generalizado, inclusive por parte de áreas da administração pública que em geral evitam conflitos com o Palácio do Planalto, como os juízes e o segundo escalão do Banco Central.
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