O autor do ataque a tiros na Escola Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, na Região Metropolitana do Paraná, foi encontrado morto na madrugada da última quarta-feira (21), na Casa de Custódia de Londrina, onde estava detido. Ele tinha sinais de enforcamento.
De acordo com informações divulgadas por sites locais, ele foi encontrado pendurado na grade da cela por outro detento, que se deparou com a cena e acionou as autoridades. O autor dos disparos estava preso lá desde a manhã de segunda-feira (19), quando cometeu o atentado.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, porém, ao chegar ao local o rapaz já estava sem vida. O corpo foi removido pelo rabecão do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina para realização de exames periciais. Tudo indica que o criminoso tenha cometido suicídio na cela.
O ataque acabou culminando na morte de dois alunos do colégio, Karoline Verri Alves, de 17 anos, e seu namorado, Luan Augusto, de 16 anos. Karoline foi alvejada pelo agressor e morreu ainda durante a ação. Luan havia sido baleado na cabeça, foi encaminhado ao Hospital Universitário de Londrina (HU), mas não resistiu.
O autor do atentado é um ex-aluno da instituição, de 21 anos, que entrou no local para pedir o histórico escolar e realizou ao menos 12 disparos. Juntamente com a arma de fogo utilizada no crime, a polícia do estado apreendeu uma machadinha que estava na mochila do criminoso.
Em vídeos tenebrosos publicados momentos antes do ataque, o assassino de Cambé diz que vai “arrancar a cabeça” da vítima e declara: “Não é psicopatia, isso é prazer. Por que eu vou transar com uma mulher se eu posso estuprar ela?”.
Em outra gravação, ele aparece vestindo a máscara de caveira que se popularizou entre grupos neonazistas e terroristas de extrema direita, principalmente por meio de fóruns de discussão na internet. O acessório é conhecido como “siege mask” (“máscara do cerco”, em tradução livre), considerada a “face do fascismo do século 21” pelos próprios radicais.