Jair Renan, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retirou presentes do arquivo da Presidência da República, segundo e-mails trocados entre ajudantes de ordem de Bolsonaro. As mensagens foram enviadas à CPMI dos atos golpistas, que investiga os ataques nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
De acordo com os e-mails, obtidos pelo Metrópoles, Renan retirou presentes do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) no dia 12 de julho do ano passado.
A então coordenadora de Acervo Museológico do GADH, Marjorie de Freitas Guedes, teria informado que ele deveria selecionar e indicar quais peças gostaria de levar. No entanto, Renan só poderia retirar os presentes após autorização do “PR” (Presidente da República).
De acordo com as mensagens, o filho 04 de Bolsonaro, que atualmente é funcionário do gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), selecionou os presentes no dia 7 de julho e os retirou no dia 12.
O GADH faz parte da estrutura do gabinete pessoal do chefe do Executivo e tem como função organizar o acervo privado do presidente e definir o destino dos presentes recebidos pela Presidência. O órgão é responsável por definir quais objetos serão incorporados ao acervo pessoal do mandatário e quais devem pertencer ao patrimônio da União.
Para ser definido como acervo privado, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o objeto precisa ser de uso personalíssimo e de baixo valor, diferente do que fez Bolsonaro ao tentar ficar com relógios e joias, tendo que devolvê-las mais tarde à União.
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