De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ipec divulgada pelo Globo deste domingo (19) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou seu terceiro mandato com uma avaliação melhor do que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
Para 41% dos brasileiros, Lula faz uma gestão boa ou ótima. Trinta por cento avalia o governo como regular e 24%, como ruim ou péssimo.
Com o mesmo tempo de mandato, o derrotado que fugiu para os EUA tinha 34% de avaliação positiva: sete pontos percentuais a menos do que Lula.
A melhor avaliação de sua gestão foi obtida em setembro de 2020, no qual obteve 40% das avaliações positivas: esse desempenho é creditado ao pagamento do auxílio emergêncial, durante a pandemia.
Os números de Lula, entretanto, são inferiores aos obtidos ao longo de seus dois primeiros mandatos. Em março de 2003 o líder petista teve 51% de bom e ótimo e, em 2007, no início de seu segundo mandato, tinha a aprovação de 49%.
Na avaliação da CEO do Ipec, Márcia Cavallari, o índice é positivo para o atual presidente. Mesmo entre os que consideram o governo como regular, metade aprova a forma com a qual Lula gere o país, contra 37% de desaprovação.
“A pesquisa mostra que a polarização política continua. Considerando esse cenário, que é distinto do que o Lula encontrou nos outros mandatos, ele começa num bom patamar”, explica Márcia Cavallari. “Os segmentos que aprovam o governo são os mesmos nos quais Lula tinha uma intenção de voto maior: as pessoas que estudaram só até o ensino fundamental, os moradores do Nordeste, aqueles com renda de até um salário mínimo por mês e os católicos”.
Dentro do universo dos que avaliam a gestão de Lula como “regular”, 36% foi eleitora de Jair Bolsonaro. Dentre os que optaram pelo atual presidente, 77% avalia o governo como bom ou ótimo.
Lula obtem seus melhores números de bom ou ótimo entre:
- Nordestinos: 53%
- Católicos: 45%
- Quem ganha até um salário mínimo: 50%
- Quem tem até o ensino fundamental: 47%
Por outro lado, ele é desaprovado por:
- Nortistas e eleitores do Centro-Oeste: 31%
- Evangélicos: 32%
- Quem ganha acima de cinco salários mínimo: 36%
- Quem tem até o ensino superior: 29%