Avança acordo que permitirá ao FBI investigar Bolsonaro pelo caso das joias

Atualizado em 21 de setembro de 2023 às 20:20
Presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Evaristo Sa / AFP

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos avalia o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal sobre o suposto caso de venda ilegal de joias do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados no país. Autoridades americanas já estão em uma etapa da análise dos documentos e é improvável que a solicitação brasileira seja negada. A informação é do jornalista César Tralli, da GloboNews.

A PF solicitou uma série de documentos e informações sobre os suspeitos de participação no esquema e a documentação enviada ao país é “farta, muito detalhada e robusta”, segundo pessoas que acompanham o caso.

Autoridades brasileiras ainda pediram a quebra de sigilo bancário de ao menos quatro deles: de Bolsonaro; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro César Lourena Cid; e do advogado Frederick Wassef.

Joias negociadas por auxiliares de Bolsonaro nos EUA. Foto: Arquivo/g1

A corporação também pediu que autoridades americanas colham depoimentos de testemunhas e suspeitos de envolvimento no esquema, forneça dados sobre imóveis dos investigados no país e determine diligências e investigações em joalherias na Flórida, em Nova York e Pensilvânia para apurar a venda e a recompra dos presentes oficiais negociados.

É improvável que o Departamento de Justiça negue o pedido feito pela PF, já que os países têm um bom histórico de cooperação internacional e o Brasil costuma aceitar as solicitações feitas pelos Estados Unidos. A expectativa de investigadores é que o país não demore para finalizar a análise.

Uma equipe da PF já está preparada para deixar Brasília e ir ao país assim que autoridades aprovarem o pedido. A ideia é que o próprio Departamento de Justiça nomeie uma equipe FBI (Federal Bureau of Investigation) atuem diretamente e um promotor para atuar no caso.

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