Em acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, os deputados da bancada evangélica toparam votar a urgência e o mérito do projeto dos jogos de azar, com a garantia de que também seja votada a proposta que prevê isenção de IPTU para igrejas.
A esperança é de que os dois projetos entrem na pauta de hoje no plenário da Câmara, como parte da “tratorada” de fim de ano de Lira.
Cezinha de Madureira, líder da bancada evangélica, não vai admitir o acordo publicamente.
Os parlamentares evangélicos esperam que a votação dos jogos de azar traga visibilidade para eles e acreditam que, se o texto passar pelo Congresso, o presidente Bolsonaro poderá vetar o projeto. O possível veto poderia ser derrubado posteriormente, mas o que importa, no momento, para os evangélicos, é garantir a isenção do IPTU dos templos.
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Confusão entre a bancada evangélica e líderes religiosos
Cezinha de Madureira, rebateu o pastor Silas Malafaia, que lhe acusou de negociar pelas costas da bancada um acordo para legalizar os jogos de azar no país. “É mentira. Triste ver um crente acusando outro”, disse Cezinha.
Malafaia se referiu ao possível trato que Cezinha poderia ter feito com Arthur Lira sobre a dispensa do IPTU para as igrejas em troca da votação a favor da legalização dos jogos de azar. “Não sei quais são os interesses dele. Me parece muito estranho”, afirmou Malafaia.
“É uma acusação gravíssima, sem nenhuma base. Não fiz nenhum acordo. Isso é mentira. Não vou brigar com o pastor Silas. Somos crentes e fazemos parte do mesmo reino. Não é com brigas internas que se resolve. Dividido, o reino não se fortalece”, disse o líder da bancada evangélica.