Nesta terça-feira (29), em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também presidente da Frente Parlamentar Evangélica, classificou a atitude do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, como um ato “vergonhoso”. O posicionamento contra o ex-chefe do MEC tem tido grande aderência pela bancada religiosa.
“É vergonhoso ver um pastor misturar o sagrado com o profano. Nós, evangélicos, não aceitamos mistura da igreja com o Estado. Essa atitude é totalmente reprovada, a Igreja é muito maior do que a política”, expressou ele ao comentar sobre o caso de Milton distribuir bíblias com o seu rosto estampado em eventos do ministério.
Além de Cavalcante, outro nome importante da bancada evangélica se posicionou contra o ex-chefe da pasta. Marco Feliciano (PL-SP), que é aliado de Bolsonaro (PL), falou que concorda com a exoneração de Ribeiro. “Como o ministro é evangélico e tudo isso está acontecendo com evangélicos, quem está sofrendo somos nós. Na véspera da eleição o que fica na mente do povo é isso”, pontuou.
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Bancada evangélica fica aliviada com saída de Milton Ribeiro da pasta
Participantes da bancada evangélica no Congresso demonstraram contentamento com a anúncio da saída de Milton Ribeiro do Ministério da Educação. Há duas semanas o nome do ex-dirigente do MEC vinha sendo alvo de polêmicas juntamente a mais dois pastores.
Ribeiro disse ainda que pretendia voltar caso sua inocência fosse comprovada, mas o grupo não apoia esse retorno. “O episódio da foto do ministro na Bíblia, distribuída em evento político, nos causa desconforto. Pode até ser legal, mas é imoral”, afirmou Feliciano.