O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) debateu com seus aliados a possibilidade de convocar manifestações em seu apoio no próximo dia 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil.
Durante a discussão, surgiram prós e contras. Os que eram a favor da ideia afirmaram acreditar que o ex-chefe do governo sofre perseguição política no âmbito da Justiça e também na CPMI do 8 de janeiro, por isso acham que a resposta também deveria ser política.
Na visão deles, Bolsonaro ainda tem poder para fazer milhões de pessoas irem às ruas, como acontecia no período em que ele governava o país. Na época, ele convocava grandes manifestações no dia da Independência.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, a imagem de apoiadores saindo em defesa do ex-mandatário inibiria ações contra ele.
Já os aliados que se posicionaram contra a ideia deixaram um alerta para o risco da convocação parecer uma provocação à Justiça. Além disso, haveria o temor de que radicais, chamados de “malucos”, promovessem quebra-quebras ou ataques parecidos aos do 8 de janeiro, quando manifestantes golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A palavra final foi de Jair Bolsonaro, que disse que não quer manifestações nas ruas. Um interlocutor do político do Partido Liberal pontuou que, ainda que os atos fossem exitosos, não teriam o efeito desejado, que seria frear as investigações contra ele.
Outro interlocutor revelou que a investigação sobre a venda no exterior de joias dadas de presente a ele por delegações estrangeiras deixaram o ex-presidente baqueado pela primeira vez em meses.