O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta (10) que a discussão sobre o voto impresso prejudicou o debate de outros assuntos importantes. A declaração ocorreu em evento feito pelas CNI e Febraban.
“Passamos o ano de 2021 praticamente inteiro defendendo um sistema que funciona para impedir que ele fosse alterado para o sistema da fraude, que era o sistema do voto do papel com contagem manual”, desabafou o ministro. Ele chegou a chamar o voto impresso de “bobagem”
O magistrado também comentou que ficou assustado que o voto impresso tenha pautado todas as instituições. Mas se mostrou satisfeito pelo fato delas resistirem e impedirem o “descarrilamento do trem democrático”. O Congresso Nacional rejeitou a PEC do voto impresso em agosto.
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Barroso comentou o fracasso dos atos antidemocráticos de 7 de setembro
Durante o evento, o presidente do TSE relembrou as manifestações golpistas de 7 de setembro. Na ocasião, Bolsonaro convocou seus apoiadores a irem às ruas para protestar contra o Supremo Tribunal Federal. O objetivo dos bolsonaristas era dar um golpe de estado. Porém, a adesão foi pequena e o presidente da República se desculpou com os ministro do STF dias depois.
“Gosto de fincar o marco do 7 de Setembro como sendo uma espécie do sepultamento do golpismo, porque o ataque às instituições tinha muito menos apoio do que se imaginava”, declarou Barroso.
Ele ainda destacou que, após o fracasso dos protestos, os ataques ao sistema do voto eletrônico caíram muito. Inclusive, raramente o Bolsonaro voltou a tocar no assunto.
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