O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, elogiou o colega de corte Alexandre de Moraes em um debate na tarde desta segunda-feira (22), apesar de recentes desacordos entre eles.
Barroso também mencionou que as investigações em andamento apontam para uma “tentativa efetiva de golpe” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O magistrado participou de um debate na Fundação FHC, no centro de São Paulo, sobre o papel do STF na democracia.
Ao abordar o tema da atuação de extremistas no país, Barroso elogiou Moraes, que é frequentemente alvo de críticas por parte de apoiadores de Bolsonaro.
“Enfrentamos uma situação complexa em 8 de janeiro de 2023. O Supremo precisou assumir um papel central no combate ao extremismo. Por isso, defendo a atuação do ministro Alexandre de Moraes. Ele enfrentou esse desafio com coragem, lidando com ameaças pessoais, incluindo à sua família. Todos nós sofremos, mas ele mais do que os outros”, afirmou Barroso.
Barroso acrescentou: “No geral, considero a atuação de Moraes digna de admiração e respeito, e acredito que ele desempenha um papel crucial no atual cenário brasileiro.”
O presidente da corte também criticou as redes sociais, um tópico frequentemente mencionado por Moraes. “O modelo de negócios dessas plataformas muitas vezes usa a liberdade de expressão para justificar a promoção de discursos de ódio.”
Barroso também falou sobre as investigações em curso sobre uma possível tentativa de golpe de Estado durante o governo de Bolsonaro, no final de 2022.
“Segundo as informações preliminares, houve uma tentativa efetiva de golpe que foi evitada pelo comandante do Exército, que se recusou a participar. Isso ainda está sendo investigado, mas os depoimentos do ajudante de ordem e de pelo menos dois comandantes militares indicam que essa conversa realmente aconteceu”, afirmou.
O ministro também afirmou que os esforços para retornar ao voto em papel na administração anterior eram um “gérmen de golpe”. Ele foi presidente do TSE de 2020 a 2022, quando houve propostas para retomar o sistema antigo.
“O voto em papel no Brasil sempre foi sinônimo de fraude eleitoral desde o início da República, e conseguimos superar isso. Voltar a esse modelo? Isso para mim já era um indício de golpe, alegando que a eleição havia sido fraudada.”
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