Luís Roberto Barroso esticou o quanto pôde seu voto – durou mais de 1 hora e meia! – para levar ao encerramento da sessão do STF sem que Rosa Weber pudesse votar na sessão de hoje.
O voto da ministra é considerado o decisivo, por conta de seu comportamento na votação do Habeas Corpus de Lula, no qual ela declarou sua adesão à tese de que não seria constitucional a prisão antes do trânsito em julgado das sentenças condenatória mas votou contrário à concessão, diz ela, para não mudar jurisprudência e “homenagear o colegiado”.
Mais tempo, portanto, para “embargos auriculares”, aqueles onde os cochichos formam convicção jurídica.
Para esticar voto, Barroso não se furtou a absurdos, como o de desfilar estatísticas de que as prisões em segunda instância estaria ajudando a fazer crescer menos a massa carcerária, explicando que, como os acórdão dos Tribunais de Justiça e o Tribunais Regionais Federais levam à prisão automática, os desembargadores estariam “sendo mais cautelosos” e não condenando tanto…
Quer dizer, “como você será preso, eu não te condeno…”
Fez questão de dizer que não vota segundo a “opinião pública”, mas listou reportagem sobre um suposta dificuldade do Brasil em entrar na OCDE por conta de decisões contrárias à histeria lavajatista, passando ao largo de que o que nos tirou do órgão dos países desenvolvidos foi o “beijinho, beijinho, tchau, tchau” de Donald Trump.
Amanhã a tarde o julgamento é retomado, mas há pouca esperança de que termine na mesma sessão, faltando o voto de sete ministros.