Base chinesa em Cuba alarma EUA e imprensa americana fala em “espionagem eletrônica”

Atualizado em 8 de junho de 2023 às 14:01
Presidente da China, Xi Jinping, e Miguel Díaz-Canel Bermudez, de Cuba. Foto: reprodução

Segundo o Wall Street Journal, a China firmou um acordo com Cuba para a instalação de uma base de espionagem eletrônica na ilha. A publicação do jornal de Nova Iorque publicou nesta quinta-feira (08) que os países socialistas estariam se unindo secretamente para monitorar o sudeste dos Estados Unidos, uma vez que Havana fica a cerca de 160 quilômetros dali.

Se confirmada a informação, a instalação permitirá que os chineses coletem comunicações eletrônicas de uma região estadunidense que abriga bases militares, além poder captar o tráfego de navios naquela região do Caribe. A sede do Comando Central dos EUA é localizada em Tampa, na Flórida.

China e Cuba chegaram a um acordo em estágio inicial, disseram as autoridades, após a China pagar “vários bilhões de dólares” a Cuba, conforme a publicação do Journal.

“Não posso falar sobre esse relatório específico, mas estamos bem cientes – e já conversamos muitas vezes – dos esforços da República Popular da China para investir em infraestrutura em todo o mundo que possa ter fins militares, inclusive neste hemisfério”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em um comunicado.

“Monitoramos isso de perto, tomamos medidas para combatê-lo e continuamos confiantes de que somos capazes de cumprir todos os nossos compromissos de segurança em casa, na região e em todo o mundo”, completou.

Acordo China e Cuba visa monitorar os EUA. Reprodução

O jornal estadunidense também procurou as embaixadas da China e de Cuba, em Washington, para explicações, mas ambas não atenderam aos pedidos de entrevistas. O acordo entre os países socialistas teria causado alarme no governo Biden, segundo o Wall Street, que classifica os governos como comunistas.

A notícia é mais lenha na fogueira na relação entre Washington e Pequim, que estão em tratativas para acalmarem os ânimos depois que os Estados Unidos acusaram a China de tentativa de espionagem com um balão. Os objetos voadores foram interceptados pela artilharia militar na costa leste em fevereiro de 2023.

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