A disputa pela sucessão de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, no comando da milícia carioca virou uma guerra sangrenta no Rio de Janeiro. Após o ex-líder ter se entregado à Polícia Federal no Natal, novos possíveis “herdeiros” do criminoso se degladiam pela posição do antigo poderoso. De acordo com as autoridades, cinco pessoas morreram na zona oeste do Rio e na Baixada Fluminense em crimes que podem ter ligação com a sucessão de Zinho.
Quatro dias depois da prisão de Zinho, na noite de sexta-feira (29), um veículo foi visto na região de Seropédica, Baixada Fluminense, e efetuou disparos em um bar na Rua Manoel Clarindo Monteiro. Três pessoas foram atingidas, em que duas morreram no local: Amarildo Rodrigues Salles, 58 anos, e Lucas Zulche Suhet Salles, 28 anos.
De acordo com a polícia, Amarildo era um homem de confiança de Zinho. Ele já enfrentou acusações de homicídios e, atualmente, ocupava um cargo comissionado na Câmara de Vereadores de Seropédica. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso.
Caso Batata e Pit
Na mesma sexta-feira pela manhã, dois ataques também ocorreram na zona oeste do Rio. Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, teve seu carro alvejado e morreu na hora. O crime aconteceu dentro da favela Três Pontes, em Paciência, área central da milícia de Zinho. Pit era considerado um possível sucessor do chefe da milícia. No episódio, seu filho de 9 anos foi baleado e não resistiu aos ferimentos.
Outro miliciano, identificado como Batata e também vinculado ao Bonde do Zinho, foi encontrado morto em um carro próximo ao local do incidente de Pit, em Santa Cruz. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios de Homicídios da Capital sugere que as mortes de Batata e Pit estão relacionadas à disputa pelo comando do miliciano preso.
Jairo Batista Freire, conhecido como Caveira e considerado um dos principais homens de guerra da quadrilha, é apontado como possível sucessor de Zinho. Ele ganhou notoriedade ao liderar o ataque do grupo contra rivais da milícia de Danilo Dias Lima, o Tandera, que havia tomado a favela do Jesuítas, em Santa Cruz. Jairo foi preso em janeiro de 2022, mas obteve liberdade em outubro do mesmo ano por meio de habeas corpus concedido pela Justiça.
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