Benedita da Silva lidera Bancada Feminina 37 anos após primeiro mandato

Atualizado em 8 de junho de 2023 às 19:51
Benedita da Silva, deputada federal pelo PT. Foto: reprodução

Benedita da Silva (PT-RJ) foi deputada federal pela primeira vez em 1987, quando o Brasil estava em transição da ditadura militar para a democracia, oficializada na Constituição de 1988. Após outros mandatos na Câmara e no Senado, chegou a governar o Rio de Janeiro em 2002, e voltou a se destacar no cenário político em 2023: aos 81 anos, Benedita é coordenadora geral da Secretaria da Mulher no Congresso e a primeira negra a liderar a Bancada Feminina.

Quase 40 anos após chegar à Brasília pela primeira vez, Benedita encontra mais diversidade entre os parlamentares. Ela contou que não encontrava “ninguém parecido”, nos corredores, e que sequer existia banheiro feminino na casa legislativa. “A verdade é que isso aqui não foi feito pra nós. Nós é que insistimos, resistimos e vencemos”, contou em entrevista para o jornalista André Borges, do Tab Uol.

A matéria com deputada federal foi publicada pelo site de notícias nesta quinta-feira (08), e conta parte da história de Benedita da Silva na vida pública e particular. Além de ser considerada uma forte representante das mulheres negras, a política carioca também é uma liderança religiosa.

A entrevistada contou que se apegou à religião evangélica para superar uma violência sofrida na infância, ela foi estuprada aos 7 anos por um amigo dos seus pais. A parlamentar guardou esse segredo por décadas, e só revelou o crime depois da morte dos seus pais, quando já tinha uma carreira estabelecida.

Aos 21 anos, a parlamentar abortou um filho, pois temia pelo futuro da criança dada a pobreza vivida por ela na época. Além de mais uma perda prematura, Benedita é mãe de dois filhos.

O presidente Lula, Benedita da Silva (PT) e Marina Silva (Rede). Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

Em seus primeiros passos na vida pública, quando se tornou vereadora no Rio de Janeiro, no começo dos anos 1980, da Silva era líder comunitária e se apresentava como “mulher, negra e favelada”.

Poucos anos antes, ouviu falar dos movimentos que aconteciam no ABC Paulista, em São Paulo, e fez questão de conhecer os responsáveis por aquelas ações, foi assim que ela se aproximou de Lula e ingressou no Partido dos Trabalhadores já no começo da sigla.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link