Por Eugênio Aragão
O que acho mais irônico nesse incidente do Capitólio é que, de certa forma, repete o de Maidan, em 2014, em que Biden foi um dos autores intelectuais e conspiradores contra o então Presidente Víctor Yanukovitch, pro-Rússia.
Hordas de fascistas, nacionalistas, banderistas se aglomeraram no centro de Kiev e invadiram pela força o parlamento e prédios do governo. Franco atiradores desses grupos atiraram sobre pessoas para colocar a culpa no governo.
O movimento era financiado através da embaixada dos EUA, que distribuía recursos de thinktanks de Washington como o Endowment for Democracy e outros para os fascistas e banderistas.
O objetivo era tirar a fórceps a Ucrânia da esfera de influência da Rússia e atrela-la como um jogador de terceira à UE, com um acordo de associação de migalhas.
O papel de Biden foi fundamental, coordenando as ações de articulação e financiamento com a chamada “sociedade civil” ucraniana, tudo movimentos supremacistas fascistas e neonazistas.
A funcionária da embaixada (adida política) encarregada do trabalho na ponta tinha dupla nacionalidade e, depois de derrubado Yanukovitch, passou a ser ministra da economia do governo de Poroshenko.
O movimento de Maidan foi tão bruto quanto o da invasão do Capitólio, senão mais. Morreram dezenas de pessoas.
E agora Biden experimenta seu próprio veneno, servido pelas mesmas forças fascistas que alimentou na Ucrânia.