O presidente dos EUA Joe Biden e o da China, Xi Jinping, realizaram na quarta-feira sua primeira reunião presencial em mais de um ano em meio a tensões na relação entre os países.
Por razões de segurança, os dois líderes mantiveram conversações num local não revelado na área de San Francisco, na Califórnia, onde se realiza esta semana a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
Antes de deixar Washington, Biden disse que seu objetivo era “voltar ao curso normal de correspondência, ser capaz de pegar o telefone e conversar um com o outro quando houver outra crise, ser capaz de garantir que nossos militares ainda tenham contato uns com os outros”.
Autoridades disseram que um objetivo principal era restaurar a comunicação entre militares que, segundo o Pentágono, foi interrompida em meio a incidentes envolvendo navios e aviões dos países, com tensões em torno de Taiwan especialmente preocupantes.
Outros itens na agenda, dizem autoridades dos EUA, incluem a expectativa de que Biden pressione a China a usar a sua influência junto do Irã para persuadir Teerã a impedir que seus representantes ataquem as forças dos EUA no Oriente Médio e agravem o conflito entre Israel e o Hamas.
Biden também apelou à China para não fornecer armas à Rússia para ajudar na invasão da Ucrânia – e para pressionar a Coreia do Norte no mesmo sentido.
As conversações, dizem as autoridades, também podem render promessas de cooperação em áreas como as alterações climáticas e o combate ao comércio de fentanil.
Biden deve dar uma entrevista coletiva após o término da reunião.